quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O Espiritismo e as Indústrias da Morte. .Pt. 2


Bois são animais que possuem alma



Há muitos anos trabalhando na divulgação do vegetarianismo, estudando, enviando cartas, conversando com espiritas de várias Casas, conseguimos ver –ao que parece - que finalmente uma nuance de mudança começa a surgir.

Muitos sites espíritas hoje falam sobre a alimentação vegetariana, ao contrário dos e-mails “ofensivos” que recebíamos há alguns anos atrás quando enviávamos um artigo referente ao assunto e nos eram devolvidos com a frase: “Não postamos temas polêmicos no site.”

Parece que finalmente o tema começa a deixar de ser polêmico e se torna algo que é necessário ser tratado por medo que o site/Casa seja visto como um local dogmático e atrasado moralmente. Visto que hoje se torna cada dia mais difícil- salvo alguns oradores da velha guarda espirita– alguém que tenha coragem de pregar contra o vegetarianismo.

Mas este artigo vai como resposta a um site que, diante do tema para ele polêmico, nos enviou como resposta - uma frase várias vezes repetidas, porém mal compreendida- que assegurasse a alimentação carnívora baseada nas seguintes palavras de Emmanuel:

Livro: O Consolador

129. É um erro alimentar-se o homem com a carne dos irracionais?
R. A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes consequências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos. Temos de considerar, porém, a máquina econômica do interesse e da harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano. Suas peças não podem ser destruídas de um dia para o outro, sem perigos graves. Consolemo-nos com a visão do porvir, sendo justo trabalharmos, dedicadamente, pelo advento de tempos novos em que os homens terrestres poderão dispensar da alimentação os despojos sangrentos de seus irmãos inferiores.
Emmanuel

Note que o amigo espírita frisou a frase:

“Temos de considerar, porém, a máquina econômica do interesse e da harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano. Suas peças não podem ser destruídas de um dia para o outro, sem perigos graves.”

Ou seja, para ele ainda existiria a necessidade dos frigoríficos devido à “máquina econômica e o interesse coletivo dos operários que ali trabalham e ganham o pão de cada dia”.

Este livro foi lançado em 1941, há 76 anos, quando já existia a máquina da carnificina animal que só iria aumentar com o passar dos anos. Vejamos o que ocorreu:

Segundo o e-mail que recebemos a resposta de Emmanuel nos diria que é necessário manter os empregos dos trabalhadores matando animais, mas isso teria consequência que não sabemos se Emmanuel previu: tal atitude geraria um incentivo a alimentação carnívora que geraria o aumento do abate que geraria um aumento de empresas do ramo frigorífico.

Coincidentemente ou não, realmente foi isso o que ocorreu. O incentivo a alimentação carnívora – claro que não apenas pelos espíritas, mas por outras religiões e também pela força da propaganda da Indústria de morte- criou-se o seguinte ciclo:


O que vimos nestes últimos anos/meses no Brasil foi o extraordinário crescimento do abate de animais para consumo (abuso, as pessoas comem carne de manhã, à tarde a noite) dentro de um País com legislações fracas e corruptíveis que pouco se importa com o abate, mas sim com os lucros que a tal “Proteína Animal” pode oferecer.

Ah, mas não foi isso que Emmanuel disse:

Não, ele disse o seguinte:

“a máquina econômica do interesse e da harmonia coletiva, na qual tantos operários fabricam o seu pão cotidiano. Suas peças não podem ser destruídas de um dia para o outro, sem perigos graves.”

As peças realmente não foram destruídas, ao contrário, foram triplicadas, quadruplicadas e mais e mais pessoas que antes poderiam ir buscar empregos em qualquer outra indústria que não fosse tão mortal, buscaram seu “pão de cada dia” dentro da indústria da morte que tem repercutido em graves consequências:

Mais mortes de animais sencientes

Aumento de doenças

Embargos por falta de higiene

E o que os espiritas pensavam temer: Desemprego.

Sim, pois com todas as denuncias de fraudes, falta de higiene, corrupções e propinas, muitos frigoríficos fecharam e tiraram o “pão de cada dia” de muitos trabalhadores da indústria da morte. Mas Emmanuel disse apenas isto?

Claro que não, apesar de alguns espiritas utilizarem suas palavras como desculpa para continuar matando animais Emmanuel disse o seguinte, na mesma frase:

“A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes consequências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos.”

Veremos isto:

 “um erro de enormes consequências”

Não existe diferença entre a dor de um cão e a dor de um Frango


Não apenas para os animais, mas também para os seres humanos, e Emmanuel frisa para os defensores da frase “A carne nutre a carne:

“se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos.”

Explicando melhor:

“se o estado de materialidade”, ou seja, a carne exige que seja nutrida, tal nutriente é seguramente encontrado em produtos de origem Vegetal, sem qualquer necessidade da morte cruel de animais. Lembrando que este livro foi escrito há 76 anos quando não havia tantas pesquisas sobre nutrição e nem tampouco a quantidade de alimentos destinados aos vegetarianos e veganos como existem hoje em qualquer mercado.

O laço está se estreitando ao redor do pescoço de alguns espiritas; por um lado o medo da mudança e da reforça íntima, de outro a negociação com o Divino – “fora da caridade não há salvação” – e por outro o avanço excepcional do vegetarianismo ao redor do Planeta, mostrando que os animais realmente são tudo o que o espiritismo sempre disse que eles eram, ou seja:

Nossos irmãos.


Simone Nardi



Só para finalizar, já conhecíamos essa conversa de Chico Xavier com outro interlocutor, e já tratamos várias vezes aqui no Blog o fato da alimentação de um dos maiores baluartes do espiritismo, é mãos uma resposta de Simonetti em defesa da morte de animais pelos humanos(pois de fato a alimentação carnívora é isso) , é para mero conhecimento e comparação entre o que diz o espiritismo, e o que Faz o espirita, mesmo o que é considerado o melhor deles:


“ Era muita gente falando em abstenção de carne, principalmente por parte dos médiuns. A médium incomodava-se, sentindo-se em falta porque não dispensava um bife, não tanto pelo prazer, mas por recomendação médica. E perguntou ao Chico:
E o médium:
- Calma, minha filha, eu também saboreio meus bifinhos... [...] Quanto ao mais, lembremos que Hitler era vegetariano e Chico Xavier comia seus bifinhos.”



 Referencias


Gostou deste Blog? 
Mande um recado pelo
Nos Ajude a divulgar 








Licença Creative Commons     Blog Irmãos Animais-Consciência Humana - Simone Nardi -2017
 Todos os direitos reservados 
RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS - CÓPIA E REPRODUÇÃO  LIBERADAS DESDE QUE CITADA A FONTE - 2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente; Sugira; Critique; Trabalhamos a cada dia para melhorar o Blog Irmãos Animais - Consciência Humana