domingo, 22 de dezembro de 2013

“NESTA DATA QUERIDA”

Imagem: Maria com seu filho Jesus


Por mais irreverente a afirmativa, o Natal de Jesus não é de Jesus (!!!).

É do comércio.
É do Papai Noel.

Pergunte-se a uma criança, a partir dos seus três anos de idade, o que é o Natal para ela e a resposta será “Dia de ganhar presente!”

Existe, é inegável, o espírito de confraternização nas empresas, a solidariedade em família, abraços, risos, lágrimas, emoções, enfim.

No entanto, no clima da euforia geral dificilmente se vislumbra o semblante do meigo Nazareno, através de ilibações alcoólicas nem sempre ponderadas em suas manifestações ou delineado nos vapores dos pernis e perus assados, sobre a mesa ricamente ornada, rodeada de rostos felizes.

Não por acaso, a história registra o Seu nascimento em singela manjedoura, entre palhas de berço improvisado, na companhia dos animais do pasto que, pacíficos e dóceis, compartilharam com ele o próprio espaço, embora alheios à sua importância extraordinária mas quem sabe, pressupondo-a, nessa ocasião significativa para a espécie humana (ou não humana).

Hoje, nos lares, pacotes embrulhados festivamente com fitas brilhantes e cordões coloridos, têm o rosto do simpático velhinho estampado neles mas, não, a Imagem Dele.

Ainda que, histórica e biblicamente nenhum vínculo exista entre  Jesus e Noel, algumas crianças mais precoces e imaginativas o poderiam relacionar, quem sabe, inconscientemente, com algum vovôzinho de Jesus (!?).

Mas a época é de festão, minha gente! Chamadas ensurdecedoras ecoam através dos monitores das Tvs, convocando para compras imperdíveis e promoções “da hora”; e os incautos se atiram às ruas, se atropelam, aflitos para alcançar o que não sabem ao certo o que seja, no Shoping atraente, de árvores natalinas altíssimas e a cada ano mais faiscantes e enfeitadas, endividando-se, até a medula, na compra dos presentes – não para Ele.

O presépio, delicadamente arrumado, O relembra, é verdade.

As figuras que o compõem priorizam o bebezinho importante cercado de seus pais, reis, pastores e pelos animais, respeitosos e serenos que ali moravam.

Mas os animais do presépio, que aqueceram o nascituro com seu hálito primitivo mas útil, preservando-Lhe o calor da vida, ali estão, mortos sobre a mesa enfeitada,sob o pretexto de homenageá-Lo, em nome de uma tradição milenar consagrada sim, mas nunca por amor a Ele.

Condimentados, fatiados e regados com molhos picantes, ali está o que restou deles para apreciação de todos, menos a de Jesus.

Que se criasse então uma data simbólica para comemorar, com exclusividade, o aniversário Dele, com o nome de Natal de Jesus, óbvio, onde se valorizasse o real significado de Sua Vinda ao trazer, na simplicidade do cenário em que chegou ao mundo, a prioridade do Amor e da Paz à Terra, tão pobre deles.

A fim de que, recordar os Seus Ensinos fosse mais adequado, nessa data, no silencio de nós mesmos do que em festejos demais, onde Sua Voz, serena e mansa, nem sempre audível se encontra.

Pelo menos nesse dia nossa fome tivesse outra conotação que não a das iguarias e libações extravagantes, à exemplo Dele quando, repartindo pedaços de um desguarnecido pão aos amigos, fez uso do vinho com a parcimônia de seu espírito equilibrado, ensinando-nos muito mais do que boas maneiras à mesa, a convivermos como irmãos.

Que saíssemos às ruas por exemplo, nessa noite, como minorias abençoadas o fazem hoje, em grupos abnegados, carregando sacolas e caixas repletas de presentes e utensílios, na repartição da mesma fartura compartilhada em seus lares, alimentando, vestindo e dessedentando os irmãozinhos Dele, em Seu Bendito Nome e o estaríamos festejando mais apropriadamente.

Vivenciarmos o verdadeiro espírito do Natal de Jesus deveria ser nos lembrarmos dos desprezados (humanos ou não humanos), em nossa intenção, assim como Ele não os esquece.

Ao valorizar o nome do aniversariante nas celebrações corriqueiras humanas não costumamos confundi-lo com outros, ao cantarmos o “Parabéns pra vocêjustificando os abraços e presentes para o homenageado com o fato de sua chegada à terra, em mais uma reencarnação.

Valorizemo-LO, acima de tudo e de todos, porém com o cuidado de não misturá-LO ou confundi-LO nas inconseqüentes brincadeiras humanas, nas quais, sob o pretexto de iniciar uma importante celebração, arriscamo-nos a esquecer justamente o Aniversariante na calçada, após cerradas as portas.

Não por acaso Ele veio.

Valorizemos Sua chegada presenteando-O com o que gostaria de receber de cada um de nós, nem sempre o que ostentamos fartamente,  na maioria das vezes, na “festa Dele” há tanto tempo.

Já é tarde.

Reis e pastores partem, os animais dormem, a estrela de Belém se apaga, os anjos se despedem e “quase não há mais tempo!” se ouve, quando os sinos tocam.



Sandra



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